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sábado, 30 de julho de 2011

Nós três em Paris

Viajar em família é conciliar interesses. Em nossa segunda viagem a Paris, decidimos levar nossa filha de 12 anos, estreante em viagens internacionais, ao destino mais encantador do planeta: cultura, gastronomia, história, arquitetura, elegância. Uma cidade limpa, segura, bela, onde se pode andar a pé, pegar metrô e curtir novas descobertas a cada esquina. Eu busquei a Paris dos escritores, a Paris do Hemingway, a Paris dos museus, dos artistas. Beatriz queria a Paris de seu imaginário infantil, da Torre Eiffel, das gárgulas de Notre Dame, o Marcelo queria flanar pela Champs Elisée, pelo Sena, perder-se em seus boulevards. E todos voltamos felizes. Felizes por termos compartilhado um momento único, especial, inesquecível em família.


Eis o nosso roteiro:

9 de julho (sábado)
Chegamos em Paris por volta de 16h30, havia um receptivo (L´Univers Tours, empresa de brasileiros) a nossa espera.
Descarregamos as malas no Hotel Aiglon (Boulervard Raspail, 232, Montparnasse) *adoramos o hotel, e fomos passear.
Andamos pelos arredores: Jardim de Luxemburgo, Igreja St Sulpice, Phanteon (tudo fechado) e jantamos no delicioso Relais de l´Entrecôte, na Boulevard Montparnasse, cujo gerente falava um ótimo português (havia estudado em Coimbra).
10 de julho (domingo)
-Depois de um delicioso café da manhã no hotel, com os croissants que só os franceses sabem fazer, começamos pelo Cemitério Montparnasse, pertinho do hotel. Um lugar lindo, onde estão enterrados Sartre, Simone de Beauvoir e Baudelaire. E também o casal, cuja sepultura reproduz detalhadamente marido e mulher, deitados na cama, antes do sono profundo. MARAVILHOSO!!
-As 11h30 assistimos a uma bela missa na Notre Dame da Medalha Miraculosa, que segunda lenda, uma santa........................
- Prosseguimos com a intenção de percorrer o circuito literário, recomendado pelo guia do Conexão Paris, mas acabamos atraídos pelos arredores do Sena, a movimentação de pessoas em um domingo parisiense e curtimos o belo Jardim de Tulleries, com suas cadeiras verdes que podem ser movimentadas para o cantinho que as pessoas escolherem.
- Fizemos um delicioso lanche na famosa casa de chá Angelina, curtimos o carrocel do Louvre, seus gramados, esculturas e o belo castelo que abriga o mais famosos museu do mundo.
- Voltamos caminhando pela Boulevard Saint Germain, passamos pelos lendários Café de Flore, Brasserie Lipp e Des Margot e chegamos ao Jardim de Luxemburgo, a tempo de curtir um pouquinho de um concerto de piano. Ficamos encantandos com as crianças soltando barquinhos no lago, hábito conservado há décadas pelos franceses.
- Ás 19h30, já com ingresso comprado e horário garantido, subimos na Torre Eiffel. Foi maravilhoso, realizamos um sonho da Beatriz. Brindamos com champagne, curtindo o por do sol na cidade luz.
- Na volta, jantamos no bistro Rotonde, na Boulevard Montparnasse.
11 de julho (segunda-feira) EURODISNEY
Realmente muito simples: pegamos o trem na Gare ....por 6 euros cada passagem e em 35 minutos estávamos na porta do parque. Os ingressos já havíamos comprado no Brasil, pela internet. Foi cansativo, mas valeu a pena pois nos divertimos muito com a Beatriz. Recomendo Phatom Manon, a casa do terror. Esqueça os trens fantasmas. Você viaja numa confortável cadeira giratória por meio de cenários belíssimos e jogos de ilusão que dão a impressão de fantasmas dançando na sua frente e caveiras virtuais.
-Marcamos horário na Big Thunder Mountain, uma montanha russa maravilhosa. Não tem loopings ou aquelas voltas radicais que embrulham o estômago. É bem veloz e emocionante, alterna tuneis com passagens belas, dando a impressão de estar num trem descarrilhado por uma mina desativada. Sensação maravilhosa, acho que curtimos mais que a Beatriz rsss
- Piratas do Caribe. Maravilhoso. Cenário de filme. Efeitos simulam uma noite de tempestade. Estamos dentro de um barco, que passeia por piratas e caveiras. Tudo muito bem feito. Um convite à fantasia. A Beatriz entrou no clima e fez de conta que tudo era verdade. Recomendadíssimo!
Na volta, cansados e felizes, jantamos ao lado do hotel, no Le Raspail Verd (hamburguer com salada por 13,90 euros e taça de vinho (Cote du Rhone) por 4,10 euros.
Roubada: O trenzinho, muito demorado e sem graça.
12 de julho Terça-feira
Acordamos muito tarde, saímos quase meio-dia do hotel. Chegamos ao D´Orsay que tinha uma fila enorme (dia em que o Louvre fecha) e desistimos. Fomos até a Notre Dame, que também tinha filas enormes (para entrar na Catedral e para subir na torre). Decidimos encarar a fila da subida. Eu havia acabado de ler O concurda de Notre Dame e a viagem não teria graça se eu não visse as gárgulas bem de pertinho e não tivesse a visão do Quasímodo de Paris. Ficamos mais de uma hora na fila, subimos mais de 400 degraus e eu voltaria quantas vezes pudesse, tamanha a emoção. É LINDO!!!!! A vista é deslumbrante, as gárgulas são assustadoramente belas e estão em toda parte, o Emanuel, sino com mais de ..........quilos também é muito especial. Para mim esse foi o momento mais especial da viagem.
- É imperdível também andar em volta da Catedral e admirar a arquitetura que vai mudando no entorno.
- Na volta a fila tinha acabado e conseguimos pegar o fim de uma missa. Especial!!!!
- Depois procuramos um pouco e achamos, do outro lado do Sena, um cantinho único: a livraria Shakeaspere and Company, que existe desde os anos 20, quando Hemingway morou em Paris. A dona dessa livraria ajudava os escritores iniciantes, que passavam dificuldades na capital francesa. Lá era ponto de encontro de James Joyce, Hemingway, Scott Fitgerald, vocês podem imaginar??? Detalhe: tudo preservado, como naquele tempo: livros empilhados e até uma cama (reza a lenda que alguns escritores dormiam lá). Muito curioso, já que todos os livros são em inglês, isso em Paris...
- Depois fomos até a Ile de St Louis experimentar o sorvete mais famoso de Paris: a Bretilhon (2 bolas: 7 euros). O de pera com maracujá é maravihoso...
- Nesse dia deveríamos ter feito um cruzeiro jantar pelo rio Sena, mas tivemos uma surpresa bem desagradável. Na porta de saída do metrô fomos barrados por uma pseudo fiscalização, na verdade um pega-turista-desavisado. Como tínhamos jogado fora o ticket (que não tinha utilidade alguma, depois de ser inserido nas máquinas), fomos multados em 50 euros. O tempo que perdemos ali, tentando argumentar com fiscais insensíveis e caça níqueis (soube que eles ganham comissão por essa multa indecente), nos fez perder o cruzeiro...Felizmente, conseguimos marcar para o domingo, mas não à noite (não tinha mais lugar) e perdemos o espetáculo das luzes...
- Ficamos tão chateados, que voltamos ao Relais du Entreconte e sentamos bem na calçada, onde pudemos admirar figuras incríveis como um velinho patinador.
Quarta-feira (13 de julho)
Dia do Louvre, oba!!!
Chegamos ás 9h, horário de abertura, e já havia fila. Uma maior, para os que compraram ingresso na hora e outra menor, para quem tinha o Paris Museum (como nós). Esperamos na chuva, uma chuva fina, com vento. Coisas de um verão parisiense...
- Alugamos o audio-guia em espanhol (com tantos brasileiros, não entendo como ainda não tem em português) e fomos direto para a Monalisa (antes, a parada estratéfica na Vitória de .........., bem no alto da escada). Deixamos a Bia curtir a Monalisa, tirar todas as fotos, admirar. E ficamos admirando nossa filha, cara a cara com o um de seus mitos. Depois, curtimos calmamente o museu. As pinturas italianas, as esculturas, a ala egípcia....Saímos de lá às 16h30!!!! Dentro do Louvre, tomamos um café na Angelina (muito caro!!) e almoçamos (cardápio rápido, justo, 10 euros um prato). Pretendíamos conhecer o Orangerie, no Jardim de Tulheries, mas estava fechado.




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